Mercado imobiliário

Mercado imobiliário dá sinais de recuperação em Mogi

Helbor registra aumento de 20% nas vendas e faturamento, comparado ao volume de negócios de 2015 e 2016
Mercado imobiliário dá sinais de recuperação em Mogi

Divulgação

Publicado originalmente por O Diário

 

Se por um lado a crise trouxe um cenário negativo para os mais diversos setores da economia e atingiu diretamente o mercado imobiliário, por outro, este momento pode ser uma oportunidade para quem deseja comprar a casa própria. Com os estoques altos e oferta maior que a procura, as construtoras tiveram que baixar os preços, o que torna a compra atrativa para o investidor mais confiante no futuro do País.

Na avaliação de corretores, as vendas ainda são tímidas, mas estão melhores neste ano que em 2016, considerado “um desastre para o setor”. Houve uma reversão de expectativas das imobiliárias que começam a registrar maior procura especialmente por parte de pessoas que quem têm dinheiro para investir, porque são boas as condições para fazer negócios.

O proprietário da Imobiliária Bella Cittá, Itamar Soares Santos, que trabalha com imóveis de médio e alto padrão, constata que as vendas melhoraram neste ano. Ele explica que a queda nos preços torna o imóvel atrativo para quem tem capital, já que esse é um investimento que ainda é considerado seguro. Conta que está vendendo de três a quatro unidades por mês de imóveis com preços que variam de R$ 500 mil a R$ 1,2 milhão.

De acordo com Itamar, a maior procura continua sendo por apartamentos e imóveis em condomínios, por questão de segurança. Mas afirma ainda que os terrenos também têm muita procura porque a pessoa gasta um valor menor na compra com a possibilidade de construir a casa como quiser. Segundo ele, houve uma queda nos preços dos imóveis de até 15%, além de muitas facilidades nas negociações para se fazer negócio.

O diretor da Kiyokawa Imóveis, Renan Kiyokawa, confirma que mercado também ficou atraente por conta da queda nos preços dos imóveis. “Chegamos ao fundo do poço em 2016 quando os investidores estavam com muito medo. O quadro começou a melhorar em 2017 e a situação pode se estabilizar a partir de 2018”, prevê.

Na opinião dele, antes dessa recessão, com a economia em alta, o mercado inflacionou e só agora está voltando à realidade. “Essa queda foi provocada pelo aumento da oferta, principalmente por apartamentos que tiveram queda nos preços de até 30%”, constata.

Kiyokawa destaca também que a maior procura ainda são imóveis residenciais, porque os comerciais estão totalmente parados, apesar de os preços terem caído. Segundo ele, uma sala que antes estava sendo comercializada a R$ 250 na planta, hoje está sendo vendida por R$ 200 mil.

A situação, no entanto, não é muito animadora para algumas imobiliárias trabalham com a venda de imóveis usados. Elas afirmam que as vendas estão totalmente estagnadas. Denilson Cruz, proprietário de uma imobiliária que leva o seu nome, disse que neste ano, o volume de vendas ficou praticamente zerado. “O mercado está desequilibrado, descalibrado, sem muita referência de preço. Muita gente que precisa vender só recebe propostas bem abaixo do valor de mercado. Por isso, hoje, o proprietário só vende se tiver no desespero. Os preços caíram de 20% a 30%. Tem casos de até 50% e mesmo assim não vende. É uma ótima oportunidade para aqueles que têm um dinheiro extra na mão”, avalia.

Pré-fabricadas deslancham

A venda de casas pré-fabricadas também começaram a engrenar a partir do segundo semestre deste ano, como confirma a representante da Mogi Casas, sediada no Bairro da Vila Moraes, Jéssica da Cunha Andrade, que registrou uma melhora de cerca de 20% na procura em comparação ao ano passado.

Ele disse que o interesse por esse modelo de imóveis aumentou, especialmente pelas vantagens que oferece, tanto na rapidez da entrega como nos preços, que são mais atrativos do que as construções em alvenaria. “Além disso, a pessoa que faz a opção pela casa pré-fabricada tem o controle de quanto vai gastar no investimento, diferente de quem começa as construções em alvenaria com uma previsão de gastos, que sempre saem acabam saindo do controle”, compara Jéssica.

O preço de um kit para casa pré-fabricada em madeira está em torno de R$ 43,2 mil, com facilidade de negociação e prazo de entrega previsto de 90 dias, e cinco anos de garantia.

Helbor registra vendas 20% maiores

Depois de um longo tempo de estagnação, o mercado imobiliário volta a dar sinais de reaquecimento. A Helbor Empreendimentos registrou alta nas vendas deste ano, especialmente a partir do terceiro bimestre do ano, com a comercialização de imóveis residenciais.

O diretor de vendas da Helbor, Marcelo Bonanata, confirma que houve uma melhora nos resultados neste ano com aumento em torno de 20% nas vendas e faturamento, se comparado com o volume de negócios realizados em 2015 e 2016, quando o setor viveu um período de total estagnação por conta da crise econômica.

Segundo ele, a tendência de crescimento segue forte para 2018. Bonanata afirma que o otimismo começa a refletir no mercado, que reage à flexibilização da economia, com queda do nível de desemprego e baixa nos juros, desestimulando os investimentos em aplicações no mercado financeiro, que agora está deixando de ser atrativo.

A situação atual impulsiona mais as vendas de imóveis residenciais para o consumidor final, porque de acordo com Bonanata, este tipo de imóvel que tem melhores perspectivas. Isso se refere a todos os padrões, não apenas aos econômicos, mas também aos mais elevados.

O diretor confirma as facilidades para se fazer negócios. Ele explica que houve um momento em que muita gente cancelou as compras, porque a crise se acentuou e gerou muitos cancelamentos. As construtoras pararam a produção porque havia muito estoque e começaram a oferecer descontos em imóveis para melhorar as vendas.

“O incorporador teve que se readequar, porque não são elas, mas sim o mercado, com a absorção, que determina as regras. Houve mais oferta do que demanda e isso fez com que os preços acabassem caindo”, esclarece. Por esse motivo, ele também acredita que o melhor momento para comprar é agora, porque a tendência é a de que os preços voltem a subir novamente.

Ele confirma que existe estoque na Cidade, mas alega que está cada vez menor porque as promoções que estão sendo realizadas pelas construtoras estão apresentando bons resultados. Afirma que foram vendidos 30% a mais do que o previsto com os feirões feitos pela empresa com facilidades descontos oferecidos em preços de condomínios. A Helbor tem previsão de novos lançamentos para 2018, em César de Souza.

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