Mercado imobiliário
Setor de corporativos retoma crescimento
O mercado imobiliário corporativo aprendeu nos últimos anos uma dura lição. Em um país como o Brasil, com ciclos econômicos bastante instáveis, otimismo demais pode ser um fator de risco. Com a alta forte do PIB entre 2010 e 2013, mesmo que às custas dos gastos irresponsáveis do governo, as empresas bateram recordes em número de lançamentos.
Em São Paulo, a cidade mais importante para este setor, foram entregues em 2013 cerca de 300 mil metros quadrados de empreendimentos imobiliários corporativos. A partir de 2014, a euforia deu lugar à crise e o mercado não foi capaz de absorver metade disso. O resultado foi: prédios vazios e prejuízos imensos.
Os preços de locação e venda de imóveis comerciais calculados pelo FipeZap Comercial, índice que monitora o preço médio de conjuntos e salas comerciais de até 200 metros quadrados em 4 municípios brasileiros, apresentaram aumento nominal em dezembro. Foi pouco, mas, de acordo com especialistas, o importante é o registro da trajetória de alta.
Nos imóveis à venda, o índice subiu 0,05% em dezembro, o primeiro aumento da série histórica desde junho de 2016. Em todo o ano de 2017, apenas Belo Horizonte registrou variação positiva no preço médio da venda de imóveis comerciais.
Como o mercado imobiliário corporativo depende da recuperação do conjunto da economia e não de um setor específico (quanto maior o PIB, mais empresas abrirão escritórios), as incertezas geradas pelas eleições em 2018 representam o único obstáculo para um crescimento sólido nos próximos anos. Se nenhuma surpresa vier, o futuro será lucrativo.