Mercado imobiliário
O que você conhece sobre o Indicador IGMI-C?
Os indicadores financeiros são índices que servem, entre outras coisas, para identificar o cenário financeiro de uma empresa. Os índices financeiros de uma empresa podem também esclarecer quais são as ameaças do mercado, bem como as oportunidades dele. Ou seja, são fundamentais para basear uma decisão que precisa ser tomada pelos chefes ou pela diretoria de uma empresa.
No mercado imobiliário não é diferente. Existem diversos indicadores do setor de imóveis que influenciam desde o preço até reajustes em contratos imobiliários. Entre eles está um dos mais conhecidos, o IGMI-C.
Mas o que é o IGMI-C? Ele é o primeiro índice financeiro do setor a aferir a rentabilidade dos imóveis comerciais em todo o país. A siglas IGMI-C significa Índice Geral de Preços Imobiliários – Comercial e foi lançado através do Índice Brasileiro de Economia (IBRE) da FGV em parceria com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança.
Esse índice é anunciado de três em três meses e tem a intenção de passar mais segurança e transparência ao setor. Apesar de ter sido lançado em 2011, em pouco tempo já se tornou uma referência para a formação de preços de compra, aluguel e as vendas no mercado de imóveis comerciais, como escritórios, galpões industriais, estacionamentos, hotéis e etc.
Além de ser uma referência para os investidores do mercado imobiliário, serve para que esses investidores acompanhem a valorização do setor e utilizem as informações em uma analise macroeconômica.
O IGMI-C é calculado com base nos laudos de imóveis que foram financiados através dos bancos e nasceu quando o setor imobiliário enxergou a necessidade de ter seu próprio indicador de preços dos ativos do mercado imobiliário no país.
São três versões do índice divulgados ao mercado: retorno de renda, retorno do capital e retorno total. Para esse cálculo são considerados a receita operacional líquida, o total de receitas do empreendimento menos as despesas operacionais além do valor avaliado do empreendimento, os investimentos realizados em reformas e benfeitorias e, por último, as possíveis alienações parciais ou totais desse imóvel.
As informações desses valores como despesas, reformas e outros pontos a serem considerados na fórmula usada para calcular o IGMI-C são fornecidas por um determinado grupo de parceiros, geralmente são pessoas ou empresas ligadas ao mercado imobiliário, bem como investidores do setor, administradores de imóveis, de carteiras de clientes, incorporadores, imobiliárias, entre outros.
Mas esse grupo não é fechado, o IGMI-C está aberto para novas empresas ou parceiros, portanto o número de informações e a qualidade delas tendem a aumentar. Apesar da divulgação do resultado ocorrer de três em três meses, essas informações usadas para calcular o índice são recebidas mensalmente pela FGV.
É uma excelente saída, pois antes os investidores conseguiam enxergar o desempenho de seus investimentos, mas não conseguiam comparar os próprios resultados com os resultados do restante do mercado, logo não podia enxergar fraquezas e forças do setor, podendo até mesmo prever as bolhas de imóveis.
Se para os investidores é uma ótima lupa do mercado, para os corretores o índice se tornou um excelente argumento na hora da venda, pois é possível deixar o cliente muito mais seguro, tanto o proprietário do imóvel como quem vai comprar ou locar o empreendimento.
Em meio ao ano que o Brasil vive, com a crise e as várias investidas do governo para que o país se recupere, o último IGMI-C foi de mais uma queda. Divulgado em agosto de 2017, a taxa de retorno total para os proprietários de imóveis comerciais ficou em torno de 1,5% em todo o território brasileiro. Em relação a divulgada no trimestre anterior, houve queda, já que a taxa anterior era de 1,7% e a taxa no último trimestre de 2016 fechou em 2,2%.